terça-feira, 17 de março de 2009

Empacotagem

Onde estaríamos nós sem a música de empacotar? 

Não, não é aquela música que nós nos pomos a ouvir no natal enquanto embrulhamos prendinhas para a família, todos contentes enquanto desejamos secretamente não receber mais um par de cuecas e um pijama, e receber melhores prendas que aquelas que estamos a dar.. 
E também, por empacotar não me quero referir ao acto de pôr coisas em pacotes mas ao acto de lá ir. Lá está, portanto: é a música de ir ao pacote.

Também conhecidas como bandas sonoras pra fazer filhinhos, músicas de padrear ou até mesmo como músicas de ir ao cu devagarinho e  com gosto. 
Algumas chegaram quase a ser proibidas pelo Vaticano que via nestas sinfonias do tesão um atentado à capacidade das pessoas se absterem de ter relações sexuais mais de uma vez por semana. Havia até uma colectânea musical muito famosa que era conhecida por tetra pak: já se sabia, ia sempre dar ao pacote!

Com o passar dos anos chegamos à conclusão que este tipo de música - com que todos nós gozámos na nossa adolescência e que, a nosso ver, só servia para os camionistas que ouviam o cidade by night enquanto faziam uma paradinha no pinhal de leiria ou prós zucas lá do bairro - afinal tem muito mais utilidade do que parece.
De facto, ir ao pacote está de novo na moda e em altas. Pelo menos para mim. Ou se calhar, ando é a ouvir música a mais porque, de facto, não tenho empacotado nada ultimamente. Mas vá, isso são só pro formas.. Adiante. 

Descobri em mim esta paixão quando decidi passar a pagar mais por serviços que à borla não têm a mesma piada. Diz que era uma senhora que vinha comprar coisas à minha loja e que depois das compras eu lhe dizia com um ar muito sério: "olhe, por acaso não temos papel de embrulho, acho que vai ter mesmo de levar no pacote". Escusado será dizer que no rádio lá estava sempre a boa da cassete tetra pak: sim, porque eu já sabia que na minha loja não havia papel de embrulho e assim estava sempre precavido. E pronto, a senhora levava no pacote e saía de lá servida até à próxima vez.

Mas olhem que isto da música de ir ao pacote tem que se lhe diga.. Ainda no outro dia perguntei a uma outra senhora que eu conheço se ela não queria uma cópia do último album do Robbie Williams, ao que ela respondeu: 
- Eh! Isso é música de ir pacote!
- Pois é verdade,  ok.. Realmente tem razão.. 
- Mas quem é que lhe diz que eu não gosto de levar no pacote?! (resposta que não tardou..)
Vá lá que a senhora era casada e tinha filhos senão eu teria pensado que aquilo era um convite.. Ainda hoje não sei se não era..

Bom, por aqui me fico, vou à minha vida, pensar nas oportunidades perdidas e se de facto me compensa ou não comprar papel de embrulho para a minha loja.

Até uma próxima,

Jafo Dias 
(de nome e profissão)

quarta-feira, 23 de abril de 2008

A Frustração Anal


Pois é, meus amigos, nem sempre é facil viver com o stress do dia-a-dia e, quando sabemos, damos por nós afectados por aquela que já vem sendo apontada como "a" maleita do séc.XXII, XXIII e seguintes: a Frustração Anal! É verdade e é assim. Pelo menos foi o que me disse no outro dia a vizinha do segundo andar, aquela que gosta que o marido lhe meta a mão não sei onde, quer dizer, pelo menos parece, da maneira como ela grita todas as sextas feiras a partir das onze e meia.. (a culpa é da rotina, depois mete-se a gritar para ver se gosta mais..).
Mas como estava eu a dizer, disse-me ela que tinha visto num documentário sobre a vida secreta dos animais racionais que andava aí à solta nova patologia social, atacando tudo o que se mexe. Eu cá tenho medo dessas coisas e já lá dizia a minha tia do norte: "quem tem cu tem medo" e eu tenho de certeza.

Então funciona assim: as pessoas são encavadas, ficam frustradas, são mais encavadas ficam mais frustradas e fodidas da vida e depois descarregam nos outros e neles próprios. Lá está: Frustração Anal passiva por excesso. Acontece frequentemente a quem é encavado demasiadas vezes sem encavar ninguém. Depois não aguenta e fica frustrado (não é preciso explicar a parte do "passiva por excesso", pois não?). A solução? Não se deixar encavar. Mas também não pode ser demais, não se pode cortar a coisa pela raíz. Depois o que acontece? Frustração Anal por falta. Todos nós gostamos de nos deixar encavar de vez em quando mesmo que não queiramos admitir. Quantas vezes já procrastinámos até à ultima da hora para fazer o que tinha de ser feito até sentir o cabeção do narso encavador a roçar nas bordas para que nos começássemos a mexer? E quantas vezes não foi bem até ao fundo por ser já tarde demais? Na realidade se nos falta a dose certa de encavanço começamos a andar às aranhas e lá vem ele de novo, equilibrar as coisas.

E, ao que parece, há também a vertente activa da enfermidade, da qual sofrem os encavadores profissionais, corredores de maratonas diárias contra os prazos a cumprir ou simples apreciadores de encavar em quantidades astronómicas. Um dos sintomas clássicos é a falta de paciência e começarem logo a desbaratar por tudo e por nada (pornada ahahahaha) e depois ainda irem para o messenger colocar frasesinhas apaneleiradas sobre a dor da vida e a incerteza da existência e a fugacidade e intensidade do sentimento amoroso desta existência em duo num Universo demasiado pequeno para alguma vez virem a ser separados de quem lhes enche as medidas e os sonhos. Cá está o cerne da coisa, a parte dura, o hard core: "frasesinhas apaneleiradas". Nota-se claramente aqui o trabalho dos glóbulos brancos, a auto-tentativa de cura do corpo: frasesinhas apaneleiradas --> encavanço/deixar-se encavar --> equilíbrio Frustração Anal por falta/por excesso --> cura (pelo menos aparente, que isto ninguém se cura, a doença é crónica).

Eu depois ainda lhe quis perguntar se haveria a possibilidade de sofrer da vertente activa e passiva em simultâneo mas ao que parece a senhora estava um pouco excitada e convidou-me para ir lá pôr-lhe a mão não sei onde e então eu lá fui, e pronto, fiquei sem resposta àquela que se afigurava como a única pergunta inteligente que eu iria fazer nesse dia mas que afinal acabou por ser - "Na tua casa ou na minha?"

Beijinhos, abraços e muitos palhaços

Cuidem-se.

p.s.: cuidado com os encavanços.. eles andem aí.

sábado, 12 de abril de 2008

As flores e o vento

Realmente há coisas que estão logo ali e nós não vemos..

Estava eu no outro dia em Lepe, num sítio de respeitabilidade duvidosa a dar morangos a uma jovem de Leste quando, a certa altura e estando sentado no sofá, com um whisky numa mão e com a outra a coçar o esquerdo e o queixo dela, notei que as florezinhas, num vaso ao canto do quarto, se fartavam de abanar e pular feitas doidas, ainda que não houvesse vento aparente.
Decidi tirar as coisas a limpo, virei-me para a russa e disse: "psst, ó Natasha, vira-te lá de costas pró pai!" E ela assim fez. E eu aproveitei para humedecer o dedo - assim como quem prova chantilly com as mãos - e levantá-lo, a jeitos de marinheiro, só para confirmar que, de facto, não havia vento.
Assim, intrigado com a coisa, lá fustiguei aquela vulva comunista, dei uma olhadela ou duas às flores, apontei as conclusões num bloquinho de notas e lá fui eu para a pensión Corazón, próximo prostíbulo de acompanhamento a turistas incautos e camionistas experientes e carinhosos da rota do guia Michellin para o sul de Espanha.

E pronto, boquetes e botões e beijinhos à parte, cheguei mais tarde à conclusão que as flores conseguem ser tão fortes como as àrvores e, se quiserem, o vento não as consegue abanar. Na verdade, as flores deixam-se abanar porque são umas doidas, gostam é de sentir o vento caule acima, caule abaixo e de um bom esfreganço naquelas folhinhas verdinhas e maciazinhas e suavezinhas e bonitinhas e...
No fundo, são um pouco como as primas do pessoal lá do bairro onde cresci, são sempre as mais florezinhas que, em descobrindo que afinal até gostam daquilo que é bom, depois são as maiores malucas e só querem é cobrir à parva. Mas isso é coisa que não vem ao caso agora. Eu logo vos conto essas histórias noutro dia.
Na verdade, as flores não são todas assim, também há as que não são umas badalhocas e que não gostam cá dessas frescuras. Nunca repararam que às vezes há uma ou outra flor que mesmo com vento não vacila? É dessas que eu falo, mas não se preocupem que não há muitas que sejam assim.

Não sei se já reparam mas quando um Técnico Altamente Especializado e Formado na Arte/Ofício da Edificação de Edificios - vulgo, pedreiro ou TAEFAOEE - pergunta delicadamente a determinada transeunte "oh flor, dá pra pôr?", os arbustos e flores ali à volta começam logo a agitar-se qual fustigadas por rabanadas de vento vinda do cerne dos pulmões de um Adamastor em dia mau?
Na verdade são elas que, todas doidas com a conversa se põem logo a abanar, assim, a curtir milhões. Mas, se a rapariga começa com impropérios e gritinhos de pêga revoltada com tal galanteio - hão de reparar - vai-se o vento todo da zona (a menos que o haja mesmo e aí as flores da zona não estão de facto a ligar muito ao que se passa, estão só a curtir a delas) tão depressa quanto veio. A este tipo de atitudes chamam os americanos turn-off ou em tuga bem falado, tira-tesão. E sim, é por isso que as flores acalmam logo ali a ceta.

Portanto no fundo, o que se passa é que as flores são umas doidivanas e gostam é de um bom abanão de vez em quando. E é por isso que quando damos flores a uma gaja, por cuja segurança estejamos preocupados a ponto de estar dispostos a cobrir a retaguarda sem pensar duas vezes, ela tenha tendência a querer, também, um bom abanão. Por abanão entenda-se sexo, claro. Mas tipo assim mesmo à bruta, contra a parede, em cima da máquina de lavar roupa, na varanda, na cadeira de rodas do irmão dela ou, simplesmente, na mesa da cozinha.

No decorrer da minha pesquisa até ouvi falar de uma certa flor que tinha dois caules jeitosos e que os abreu e mostrou quase tudo a troco de dinheiro mas isso já fica fora do âmbito cultural e documental deste post e julgo que é matéria que não interessa abordar aqui.


Por hoje fico por aqui. Eu depois logo publico um paper sobre a coisa, mais dirigido à comunidade científica. Pode ser que lhe ponham cola num dos rebordos para se puder enrolar e fumar.

Até lá, beijos e abraços à malta.

P.S.: Realmente agora que apercebi do carácter documental da coisa, consigo sentir de facto o que o nosso amigo Attenborough sentia quando andava lá no meio da natureza. Hum...tenho de levar o portátil e a placa de net marsupial para o meio das malvas e gravar uma reportagem in loco sobre o lindo fenómeno da natureza que agora vos descrevi. E depois tiro umas fotos bonitas com paisagens e elefantes e tigres e flores e vão ver como fica.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

"ohoh pspsps pistolas a 5 euros!"

Vamos lá analisar esta frase com cuidado, porque é assim não é todos os dias que se ouve algo tão maravilhosamente profundo e belo, no minimo...
É preciso um cerebro especialmente iluminado para surgir com esta pérola!!

É assim vai um gajo a passar bem descançandinho da vida, quando um Técnico Altamente Especializado e Formado na Arte/Oficio da Edificação de Edificios, também conhecido com Pedreiro ou Servente, daqueles com o bigodinho e tudo, liberta com recurso ás cordas vocais algo tão maravilhoso como a frase acima referida.

Perguntam-se vocês então e isto porque? É que naquele momento ia a passar á frente do local de trabalho (andaime) deste senhor, um exemplar digno de calendário da pirelli da classe feminina da nossa raça (GAJA), assim daquelas com uma traseira tão bela, que fazia inveja a qualquer tractor agricola e com uma cara tão laroca que á distancia parecia uma acidente de viação com 3 mortos (fontes crediveis deste blog revelam que mais perto revelou-se mesmo uma acidente de cadeia, com direito a explosão de camião cisterna).

Apesar disto a GAJA em questão não se mostrou nada agradada com o comentário e fez uma cara (ainda mais) feia e ignorou algo tão belo com a frase das pistolas e tal...

Chego á conclusão que em Portugal o povo anda mesmo ignorante, isto é como é possivel as GAJAS deste pais perderem a manhã toda a ver o Luis Goxa a mandar piadas GAYS e depois ficarem ofendidas por palavras tão sábias e esclarecedoras.

Gostava então de dizer sem medo e preocupação ao mundo que, sim eu possuo uma pistola e sim ela custa 5 euros, não 10, não 2 mas 5 euros.


E com amor, carinho e uma pistola na mão me despeço e espero que estejam a gostar daquilo que escrevo, sim porque é preciso alguém com tempo a mais como eu para estar deste lado do blog (lado do blog?, isto é capaz de dar para mais um tópico de merda).

Beijos fofixs

O Rê

Frase do dia de 12/04/2008

"J*s* B*pt*st* diz:
aqui tamos na conversa no quarto do v*sc*, ja o violamos e agora cantamos canções de embalar"

(*) - Os asteriscos são para tentar ocultar as indentidades dos intervenientes, mas toda a gente sabe que foi o José Baptista e o Vasco.

Beijinhos fofos nesse rabinho que todos nós gostamos de abusar.

p.S.: Posto fresquinho a sair entretanto...

terça-feira, 8 de abril de 2008

A relação calça - cueca

Há de facto uma coisa que me intriga e que, após estudo cuidado, concluí ser objecto de relação inversamente proporcional. Muitos de vocês de certeza já tão a ver a coisa toda:
Uma bruta loira entra num supermercado, assim muita bonitinha tipo cara de anjo e broche sorridente pela manhã, holofotes que encandeavam qualquer par de olhos com tomates e uma peidola que é um mimo. De repente, deixa cair uma peça de fruta no chão.Trau!Tudo pára no supermercado e as bússolas afoitas apontam todas para Norte e eis que tudo sucede: enquanto os maravilhosos melões se aproximam do pepino inerte no chão, algo surge do fundo da traseira da menina. Uma reduzida e diminuta cuequinha estilo fisga de ir aos pardais! Lá está: as calças descem e a cueca sobe.

Este é o durame da questão meus amigos: o porquê desta relação inversamente proporcional. Não acredito que seja só com o poder da mente da malta que está a observar o fenómeno agapógico. Aliás, já lá diz a minha avozinha (quase todos os dias, coitada, que a senhora mora num bairro um bocado mau, têm de perceber..): "Antes era preciso afastar as cuecas pra ver as bordas e que hoje é preciso afastar as bordas pra ver as cuecas". Será disto a culpa? Do encarecimento dos tecidos para fabrico de aconchegos íntimos por causa do aquecimento global e consequente redução da quantidade dos mesmos por peça?

Fontes seguras da Nasa disseram-me que tal equação se devia a forças centrípetas aliadas à fricção inerente ao atrito da cueca na carne equacionadas numa função diferencial que reagem ao momento linear provocado pelas calças ao deslizar num vector em crescimento logarítmico a partir da velocidade inicial por recurso ao exponencial de uma matriz. Infere neste cálculo, também, o larguedo anal do bicho, uma vez que caso seja muito pode criar-se uma diferença entre pressão interna e externa que leve (quem sabe até?) a uma desaplicação da segunda lei de Newton. Um caso sério meus amigos, um caso sério.Não queiram estar lá quando isso acontecer.

Para os curiosos e futuros "soon to be" teóricos experimentalistas, a fórmula é:





Atenção que é preciso igualar a zero por causa da tal questão das pressões..(há uma certa semelhança de formas que, de facto, infere na relação).

e pronto.

Moral da história: tava a outra com os melões enfiados no pepino, vinha eu distraído a olhar para uma porca que por lá andava sem soutien - e vivam as feministas! -, não a vi, cai-lhe encima e lá foi ela parar com a boca no trombone. (tava lá um senhor ao lado que tinha levado o trombone a passear ao supermercado mas ao ver tal espectáculo de relação inversamente proporcional, não aguentou e deixou cair o intrumento - calças abaixo, obviamente, que não se leva um trombone para o supermercado sem ser às escondidas - e que por ali ficou no chão até que ela lá foi cair com a boca.)


Beijos e abraços a todas essas doidas que por aí andam, espero ter esclarecido algumas dúvidas. Caso contrário, também não me importo.

Bem hajam.